António Motta Veiga anunciou recentemente a sua candidatura a grão-mestre da Grande Loja Legal de Portugal (GLLP).
“Com a experiencia e conhecimento que adquiri ao longo de mais de 25 anos que fiz parte da Grande Loja, estou em condições de vos propor medidas que considero necessárias para que possamos encarar com confiança o futuro”, defende o candidato, num vídeo de promoção.
Entre as medidas propostas estão a “construção de uma ordem com uma forte unidade e entreajuda entre todos nós; Renovação de processos de gestão da Grande Loja; Reunir com regularidade com os veneráveis mestres e com os antigos veneráveis, que também devem ser um órgão consultivo; Desenvolver um forte programa de comunicação interna e externa; Criar protocolos nacionais e internacionais com outras instituições que proporcionem apoio efetivo aos Irmãos da Ordem; Aumentar a motivação dos Obreiros descontentes”, entre outras.
“Todos, de igual forma, e sem exceção, são chamados a intervir. Alicerçados na ética maçónica, devem questionar sem receios, fazer autocrítica construtiva, propor novas ideias, apresentar projetos e iniciativas”, defende Motta Veiga.
Recorde-se que, como o i noticiou em março, o atual grão-mestre desta loja, Júlio Meirinhos, exonerou António Motta Veiga do cargo de vice-grão-mestre por deslealdade. Esta decisão foi justificada pelo facto de Motta Veiga ter convocado uma reunião com o grande secretário, assumindo-se como grão-mestre interino, numa altura em que Meirinhos se encontrava ausente do país e existia uma divisão dentro da maçonaria regular.
Fontes ligadas à GLLP revelaram ao i na altura que a incompatibilidade entre Meirinhos e Motta Veiga não era recente – há vários meses que os dois responsáveis maçónicos não se reuniam. Contactado pelo i, Meirinhos não quis comentar a situação.
O i noticiou também que surgiu uma outra candidatura a grão-mestre da GLLP: Armindo Azevedo deveria avançar para a liderança da Grande Loja com o apoio de Meirinhos. No entanto, o seu nome acabou por ser associado ao escândalo que envolve a Fundação “O Século”, cujo conselho de administração – composto apenas por maçons – está a ser investigado por suspeitas de crime de peculato e abuso de poder. Na altura em que estas notícias vieram a público, Meirinhos disse à “Visão” que “a GLLP não participa nem patrocina a participação em negócios de empresas e associações que lhe são estranhas”, rejeitando assim uma associação a este tipo de situações.
Motta Veiga – Candidato a Grão-Mestre from Motta Veiga on Vimeo.