O fundador do Facebook continua a ser interrogado pelos congressistas e em resposta ao Congressista Lance, de Nova Jérsia, Zuckerberg mostrou-se incomodado com o facto de a aplicação da Cambridge Analytica ter violado os dados.
O congressista perguntou se a recolha dos dados tinha violado o protocolo que a empresa tem com a FTC (proteção do consumidor). “Não acho que tenha”, respondeu, afirmando ter ficado “incomodado” com a aplicação da empresa ter permitido a cópia e venda para análise de dados de milhões de utilizadores.
Já o congressista Gutherie, do Kentucky, perguntou se o Facebook era a única empresa de Silicon Valley com um modelo de negócio com base nos dados dos utilizadores, ao que o CEO respondeu que sim. “A nossa missão social de tentar ajudar a ligar toda a gente no mundo depende de este ser um serviço que é acessível para toda a gente”, sublinhou.
“Nós já damos às pessoas o controlo de não usarmos os seus dados para a publicidade, mas a maioria das pessoas não pede isto e acho que é porque querem de alguma forma controlar os anúncios que vêm na plataforma”, referiu, acrescentando que quem quiser apagar a conta a pode fazer mesmo de vez.
“Se apagar a sua conta certificamo-nos que ninguém a encontra depois de a apagarmos. Assim que apaga a sua conta, esse conteúdo é desmantelado e não vamos ser capazes de voltar a colocá-lo”, explicou.
Quanto à utilização do Facebook para influenciar nas eleições presidenciais de 2016, Zuckerberg disse que não houve privilégios nem qualquer diferenciação para a campanha de Trump, acrescentando que foram aplicados todos os “padrões a todas as campanhas”.
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