O juiz Carlos Alexandre estipulou que os arguidos da Operação Marquês poderão requerer a abertura de instrução de inquérito até 3 de setembro – uma fase preliminar ao julgamento onde os arguidos se podem defender das acusações e se decide quem será ou não pronunciado. A notícia foi avançada ontem à noite pela televisão SIC.
José Sócrates, ex-primeiro-ministro, é acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
O Departamento Central de Investigação Criminal acusou, há seis meses, 28 arguidos, entre os quais José Sócrates. Um dos advogados do ex-primeiro-ministro, Pedro Delille, relembrou, em comunicado, que no passado dia 12 de abril passaram-se seis meses desde que o DCIAP considerou os procedimentos de notificação da acusação concluídos, entregando aos arguidos "abundantes meios de prova em que afirmava baasear as gravíssimas imputações feitas".
No entanto, a defesa de José Sócrates considera não existir ainda uma acusação "verdadeira e formal" cinco anos após o início da Operação Marquês.