Trienal de Arquitectura colabora pela primeira vez com a ARCOlisboa

Atelier JQTS ganha concurso para criação do pavilhão temporário nos espaços exteriores da Cordoaria Nacional.

É a primeira colaboração da ARCOlisboa com a Trienal de Arquitectura de Lisboa. Trata-se de um esforço para dinamizar os espaços exteriores da Cordoaria Nacional, onde a feira de arte contemporânea terá lugar de 17 a 20 de Abril. Para esse efeito, foi lançado um concurso de Arquitectura em que se convidaram quatro ateliers: KWY.studio, Warehouse, Camarim Arquitectos, e Atelier JQTS.

O vencedor foi o Atelier JQTS (João Quintela, Tim Simon), juntamente com os seus colaboradores Daniel Maio e o escultor Carlos Nogueira que, inspirados por esculturas de Sol LeWitt e da dupla Christo e Jeanne-Claude, apresentaram "Viaticus", uma estrutura que se desenvolve longitudinalmente, assim como em altura, envolvida e resguardada por uma tela de cor que irá acolher o público – como se de uma vela de barco se tratasse, ali mesmo à beira-rio. Este espaço irá também ser o local onde estará instalado o espaço de restauração da feira deste ano.

“Desde o início pensámos no desafio de estar num contexto iminentemente artístico. Apesar dos limites disciplinares serem difusos e muitas vezes coincidentes, parecia-nos importante dar uma resposta arquitectónica onde o carácter simbólico ou monumental da intervenção ajudasse a criar essa relação evidente com o domínio artístico", disse o Atelier JQST.

A inauguração de "Viaticus" do atelier, que desenvolve a sua prática profissional entre Lisboa e Hamburgo, está marcada para o primeiro dia da preview da ARCOlisboa 2018, que terá lugar no dia 16 de maio às 18 horas.

Esta primeira colaboração entre as duas entidades partiu da vontade da ARCO/IFEMA de destacar a Arquitectura nesta nova edição e de aproximar disciplinas. De acordo com Carlos Urroz, diretor da ARCOlisboa, “harmonizar a arquitectura da ARCOlisboa com a do edifício que a acolhe é um dos desejos da ARCO. A Cordoaria, um dos exemplos mais notáveis da arquitectura industrial do século XVIII, irá agora estar ligada a arquitectura mais contemporânea do país.”

Conforme refere José Mateus, presidente da Trienal “Como noutras ocasiões, a Trienal propôs aos seus parceiros a via do concurso remunerado, convidando uma geração mais nova de arquitectos como forma de seleccionar o projecto, promovendo uma reflexão enriquecida por uma massa crítica mais alargada. “

O concurso contou com um júri constituído pelo Almirante Augusto Ezequiel, por parte da Marinha Portuguesa; pela Arquitecta Maria Manuel Ferreira, por parte da EGEAC/CML; pelo Engenheiro José Manuel dos Santos, por parte do MAAT/Fundação EDP; pela Galerista Cristina Guerra, em representação própria; por Roberto Antón, por parte da IFEMA; por Carlos Urroz, por parte da ARCO e pelo Arquitecto José Mateus, por parte da Trienal de Arquitectura de Lisboa.