Nascida Barbara Pierce a 8 de junho de 1925, foi criada em Rye, Nova Iorque, e aos 16 anos conheceu George H.W Bush – que viria a ser o 41.º Presidente dos EUA – na escola de dança. Mantiveram-se em contacto durante o tempo que este se alistou como piloto da marinha durante a II Guerra Mundial e casaram-se em 1945. «Casei com o homem que beijei pela primeira vez. Quando conto isto aos meus netos, eles ficam chocados», confessou.
Barbara e George W. H. Bush tiveram seis filhos: George, Jeb, Neil, Marvin e Dorothy. A segunda a nascer, Robin, morreu de leucemia aos 3 anos. Tiveram ainda 17 netos e sete bisnetos.
Barbara manteve-se sempre ao lado do marido nas suas várias décadas de carreira política, que passou pelo senado do Texas, embaixador da ONU, presidente do Partido Republicano, embaixador na China e diretor da CIA.
Chegou à Casa Branca em 1980 quando o marido foi vice-presidente de Ronald Reagan por dois mandatos e tornou-se primeira-dama quando Bush venceu as eleições em 1988. Saíram em 1993, ao perderem a reeleição para Bill Clinton.
Barbara Bush, mulher de um Presidente dos EUA e mãe de outro – George W. Bush, o 43.º – , morreu na madrugada de terça-feira na sua casa em Houston, Texas. Tinha 92 anos e personificava a noção que a família vem antes da carreira ou da política.
A proeminente matriarca do clã Bush anunciara domingo que optara por abdicar de tratamento e que queria passar os últimos dias no ‘conforto’ da sua casa com a família, depois de durante o último ano ter sido várias vezes internada, vítima de doença crónica pulmonar e de problemas cardíacos.
Uma sondagem de 2014 deu Barbara Bush como a primeira-dama norte-americana mais popular dos últimos 25 anos. O seu cabelo branco valeu-lhe a alcunha, por parte do marido, de ‘Raposa de Prata’ e os brincos e os colares de pérolas eram a outra imagem de marca. Era ainda conhecida pelo mau humor e por ser uma mulher de raciocínio rápido e língua afiada.
A sua grande causa como primeira-dama dos EUA foi a alfabetização do país, em especial das crianças. A Fundação Barbara Bush para a Literacia Familiar começou durante os seus anos na Casa Branca com o objetivo de melhorar as vidas dos norte-americanos menos privilegiados, com uma melhoria da literacia entre os pais e os seus filhos. Até 2014 os parceiros da fundação tinham juntado mais de 40 milhões de dólares para a criação ou expansão de mais de 1500 programas para a alfabetização em todo os EUA.
«Dar prioridade à família é o melhor sítio para começar a tornar este país mais alfabetizado e continuo a pensar que uma melhor educação vai ser uma ajuda para a resolução de muitos dos outros problemas que afetam a nossa sociedade», escreveu em 1994.
As cerimónias fúnebres estão marcadas para hoje e desde o anúncio da sua morte que as bandeiras dos EUA estão a meia haste, em sua homenagem.