Peter Madsen, o inventor que matou a jornalita sueca Kim Wall foi condenado a prisão perpétua, esta quarta-feira, depois de ter sido julgado por homicídio, profanação de cadáver e tortura.
Segundo os relatórios psiquiátricos, citados pelo Jornal de Notícias, o inventor é um "perverso polimorfo” e apresenta “risco elevado de reincidência”.
Segundo o procurador Jakob Buch-Jepsen, Madsen pensava estar a cometer o “plano criminoso ideal, como confidenciou a um amigo por sms”. O procurador apelou ao coletivo de juízes que condenassem Peter Madsen por homicídio, profanação de cadáver e tortura.
O corpo da jornalista desapareceu a 10 de agosto de 2017 e, entre esse tempo e o julgamento, o homem contou três versões diferentes dos factos: primeiro disse que a jornalista tinha saído no submarino no dia 10, depois afirmou que Kim tinha morrido a bordo após uma pancada na cabaça numa escotilha, mas a hipótese foi refutada pela autópsia, levando o homem a dizer que a jornalista tinha morrido intoxicada com gases tóxicos, levando essa última versão a julgamento.
A autópsia mostrou que a jornalista sofreu 14 lesões e, apesar de não ser absoluto, a mulher apresentava sinais de ter sido estrangulada.