O volume de negócios das empresas responsáveis pelo transporte internacional de mercadorias atingiu os 1460 milhões de euros em 2017, o que representa um aumento de 2,8% face ao ano anterior. Os dados foram revelados num estudo da Informa D&B.
“A evolução positiva do comércio externo português, a deslocalização da produção e a tendência para a externalização das atividades logísticas no tecido empresarial favoreceram, nos últimos anos, o crescimento do volume de negócios do setor das empresas transitárias”, refere a empresa responsável pela oferta de informação e conhecimento sobre o tecido empresarial.
Segundo o estudo, estima-se que o comércio externo de mercadorias com origem e destino em Portugal tenha atingido os 103 milhões de toneladas em 2017, um aumento de 6,3% face ao ano anterior.
As importações ascenderam a cerca de 63,5 milhões de toneladas (um crescimento de 6,8%), ao passo que as exportações se situaram nos 39,5 milhões (um aumento de 5,4%).
As previsões apontam para que, em 2017, os valores das exportações se tenham situado nos 55 000 milhões de euros, um aumento de 10% face ao ano anterior. Já as importações rondarão os 69 000 milhões, valor 12,7% superior ao registado em 2016.
O principal meio de transporte no comércio internacional de mercadorias é o transporte marítimo. Em 2016, 54% do volume total das exportações e 61% do das importações foram expedidos por esta via.
A União Europeia é o principal mercado de origem e destino das trocas comerciais com o exterior, tendo, em 2016, absorvido 75% das exportações portuguesas e fornecido 78% das suas importações.
De acordo com a Informa D&B, a evolução positiva da economia portuguesa, a globalização da economia e o aumento do comércio mundial constituem as principais oportunidades para o crescimento da atividade das empresas transitárias, a curto prazo.
A forte concorrência de preços e a consequente pressão sobre as margens representam as ameaças mais visíveis que os operadores enfrentam.
Neste contexto, a Informa D&B refere que são expectáveis novos aumentos da faturação agregada das empresas transitárias a curto e médio prazo, prevendo-se uma taxa de variação próxima dos 3,5% em 2018.