O Hospital de S. João anunciou este fim de semana que detetou o aparecimento de sarna em três doentes internados, admitindo inclusive que a doença poderá ter sido transmitida por profissionais de saúde da instituição. No entanto, o hospital não referiu quantos profissionais de saúde poderão estar envolvidos.
Os responsáveis pela unidade garantiram que todas as medidas necessárias foram implementadas após terem tomado conhecimento dos casos, acrescentando que neste momento não existe necessidade de medidas adicionais ou de se encerrar qualquer serviço. “Imediatamente após o diagnóstico foram implementadas todas as medidas de controlo de infeção preconizadas e foi instituído o tratamento adequado desses doentes”, afirmou o hospital à agência Lusa.
A sarna, também apelidada de escabioso, é uma doença parasitária facilmente transmitida com o contacto direto entre pessoas ou via objetos. Os seus principais sintomas são comichão, pequenas bolhas e placas vermelhas na pele e linhas nas proximidades das bolhas pelas quais os parasitas circulam, espalhando-se pelo resto do corpo. A doença pode ser transmitida entre pessoas mesmo sem que a infetada tenha quaisquer sintomas, dificultando a sua deteção. Para evitar o contágio é recomendado evitar o contacto e a não partilha de objetos como toalhas. “Foi ativado o protocolo institucional de atuação para estas situações, incluindo as medidas de controlo de transmissão, o tratamento de todos os profissionais e dos doentes, bem como a procura ativa para deteção precoce de quaisquer novos casos”, refere a instituição.
Encerramento de unidade
O Hospital de Faro decidiu encerrar este sábado a sua unidade coronária por ter detetado a presença do piolho do pombo. “Durante as limpezas diárias de ontem [sábado] foi detetada a presença de piolho de pombo, proveniente do exterior, no internamento da unidade coronária, pelo que se decidiu encerrar a unidade para proceder imediatamente ao processo de desinfestação e limpeza necessárias”, explicou o Centro Hospitalar Universitário do Algarve à Lusa. Entretanto, os doentes que estavam na unidade foram “deslocalizados para outra enfermaria”, continuando a “receber todos os cuidados necessários”, sem que, no entanto, tenha sido especificado quantos doentes foram afetados.
O hospital também não referiu quando poderá ser reaberta a unidade, tendo apenas adiantado que o “serviço será reaberto logo que terminem os trabalhos de limpeza”. O piolho do pombo, explica a instituição, está diretamente relacionado com o número elevado de pombos nas imediações do hospital. “É uma situação que o centro hospitalar vem a tentar resolver, nos últimos anos, junto do município e da autoridade de saúde por forma a evitar que situações como esta ocorram”, garantiu uma fonte da instituição.