A Everjets disse esta segunda-feira que foi ela mesma que fez a denúncia do contrato de operação e manutenção dos Kamov e não o governo, exigindo em tribunal quase 40 milhões de euros ao Estado por incumprimento do contrato.
“Cumpre esclarecer que, até ao presente, a Everjets não recebeu qualquer comunicação por parte do Estado Português dando conta de que pretenderia resolver o contrato celebrado entre as partes, sendo ainda manifestamente falso que a Everjets tenha sido notificada de quaisquer penalidades no valor de quatro milhões de euros”, refere a empresa num comunicado enviado à Lusa.
De acordo com o mesmo documento, a Everjets refere que “já havia remetido a carta para resolução do contrato celebrado com o Estado” por incumprimento do mesmo. No contrato, celebrado a 6 de fevereiro de 2015, refere que “a condenação do Contraente Público (ANPC) a indemnizar a Everjets por todos os prejuízos incorridos, a título de danos, lucros cessantes, danos e ofensas ao bom nome e reputação da Everjets, derivados do incumprimento das obrigações e deveres a que se encontrava adstrito, em valor que se estima, atualmente, em 39.876.100,00, tudo com as legais consequências”. Por esse motivo, a empresa decidiu exercer o seu direito e pedir uma indemnização de quase 40 milhões de euros ao Estado Português.
A empresa refere ainda vários motivos que estiveram na base da denúncia, como “o encerramento ilegal e abusivo do hangar de Ponte de Sor, que prejudicou gravemente a continuação dos trabalhos de manutenção das aeronaves”.