Marcelo Rebelo de Sousa inaugura mercado temporário do Bolhão

Edifício do centenário mercado do Bolhão – classificado como monumento de interesse público em 2013 – vai estar encerrado durante dois anos para requalificação. Mercado temporário abre hoje e acolhe 82 comerciantes

O Presidente da República assinala o primeiro dia de funcionamento do Mercado Temporário do Bolhão, que vai acolher 82 dos comerciantes do edifício centenário – classificado como monumento de interesse público em 2013 – que vai estar encerrado durante dois anos para requalificação.  

Marcelo Rebelo de Sousa e o presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, percorreram a pé os “cerca de 200 passos” que separam o Bolhão do seu Mercado Temporário, instalado no piso -1 do Centro Comercial La Vie, situado na mesma rua do centro do antigo mercado.

O edifício do mercado temporário foi concluído em setembro e contou com um investimento de 850 mil euros da autarquia.

De acordo com a câmara do Porto, do total de 140 comerciantes do Bolhão, 100 manifestaram vontade de regressar ao edifício original após a recuperação. Mas, quarenta lojistas optaram por cessar a atividade com o encerramento do Bolhão.

Depois de várias ameaças de encerramento e projetos de recuperação que não saíram do papel durante décadas, o Bolhão, onde se estima que já tenham trabalhado mais de 400 lojistas, é uma das bandeiras da atual Câmara do Porto. “Há cerca de 40 anos que os portuenses pediam obras no mercado que foi conhecendo diversos projetos de intervenção, nem sempre bem aceites por comerciantes e pela opinião pública”, refere a autarquia.

Obra no Bolhão é a quarta tentativa para recuperar o mercado

Nos últimos trinta anos, está e a quarta tentativa da autarquia do Porto para recuperar o Bolhão, com um investimento previsto na ordem dos 22 milhões de euros.  

Desde 2005 que o edifício centenário está suportado por andaimes devido a risco de ruína. O mercado não encerrou porque os comerciantes impediram.

O primeiro projeto de requalificação do Bolhão tem data de 1998 e houve durante o anterior mandato da autarquia – que esteve aos comandos de Rui Rio – foram desenhados dois planos de intervenção durante mas não chegaram a sair do papel.