Desde que cumpra a "lei, a Constituição e o resto do ordenamento jurídico". São estas as premissas fundamentais para que Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, tenha uma relação de "entendimento e concórdia" com o novo presidente do governo catalão, Quim Torra, eleito hoje pelo parlamento catalão.
No seu discurso de eleição, Torras voltou a garantir aos catalães e ao governo de Madrid que Carles Puigdemont continua a ser o "presidente legítimo" do governo da Catalunha, prometendo, pelo meio, ser "leal ao mandato" para que a Catalunha alcance a independência de Espanha.
Em reação às palavras de Torras, Rajoy disse não gostar do que foi dito, mas que aguardará por atos de governação antes de fazer quaisquer juízos políticos.
Com a eleição de Torras e consequente formação de um governo por si liderado, o impasse político interno na Catalunha terminará. Resta saber quais serão as relações entre Madrid e Barcelona neste novo período. Com a formação do governo, a tutela política imposta por Madrid à, na sequência da proclamação de independência e ativação do artigo 155º da Constituição espanhola, chegará ao fim.