A grande maioria dos elementos ligados ao Sporting que se dirigiram à GNR do Montijo para apresentar queixas e prestar declarações já deixou a esquadra. Os últimos, por volta das 00h30, foram o técnico Jorge Jesus e alguns jogadores, partindo numa carrinha da unidade de intervenção da GNR, horas depois de terem sofrido agressões por parte dos 50 indivíduos que nesta terça-feira invadiram a Academia de Alcochete, num dos mais tristes episódios de sempre do futebol português.
À saída da esquadra do Montijo, Bas Dost recusou falar, a exemplo de Battaglia, dizendo-se apenas "tranquilo". Mais tarde, João Palhinha acabou por resumir numa frase o sentimento do plantel: "Um dia muito triste e dificil para todos." Nas redes sociais, o preparador-físico Márcio Sampaio disse estar bem, mas admitiu que os jogadores e técnicos estão "assustados, tristes, desiludidos e com medo". "Não quero falar no autêntico terror que passámos hoje na Academia, mas apenas dizer que estamos juntos e fortes", escreveu ainda.
Também o médico Frederico Varandas, através do Instagram, publicou uma imagem de um leão a esconder a cara, como que envergonhado por tudo o que aconteceu.
Por agora, ainda não é possível saber se o treino de amanhã terá lugar e qual a posição de Jorge Jesus e do plantel em relação à comparência ao jogo da final da Taça, no domingo, frente ao Aves, bem como ao hipotético desejo dos atletas em rescindir com o Sporting de forma unilateral com justa causa.