Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, considerou o ataque desta terça-feira aos jogadores e o treinador do Sporting "uma situação muito grave".
"Não se trata de um mero caso de polícia", disse o presidente que é também sócio sportinguista à 68 anos, "é uma situação muito grave". Tão grave que nem chocaria a Ferro Rodrigues que o jogo final da Taça de Portugal, que será disputado entre o Sporting e o Rio Ave, "fosse feito à porta fechada ou que fosse feito na vila das Aves". No entanto, a decisão deve ser tomada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), reforça.
Sobre a investigação, o presidente quer "medidas sérias doa a quem doer" tanto ao nível da administração do Sporting como da parte da FPF e do governo. "Acho que não pode ficar impune quem deu passos decisivos para que esta situação gravíssima de ontem [terça-feira] tivesse acontecido", referindo-se, sem invocar nomes, a "todos aqueles que contribuem lamentavelmente para aquilo que tem sido o ódio e a violência, o fanatismo, a corrupção do futebol português"
Ferro Rodrigues deixou ainda um apelo às autoridades judiciais: "É bom que as autoridades judiciais, sempre prontas a investigar e bem os políticos, também investiguem bem os dirigentes desportivos e aqueles que fazem do futebol português esta desgraça, e – sobretudo no meu clube – aqueles que fazem do Sporting esta miséria que se vê".