Quim Torra tomou esta quinta-feira posse como presidente generalitat catalã, pondo fim ao marasmo da maioria independentista que há meses vem tentando empossar os seus líderes na prisão ou no exílio, sem sucesso.
O juramento de Torra nem durou três minutos. Numa curta declaração, o novo presidente catalão omitiu as figuras do rei e da Constituição de Espanha, limitando-se a prometer lealdade ao povo da Catalunha.
“Prometo cumprir lealmente com as obrigações do cargo de presidente da Generalitat, em concordância com a vontade do povo da Catalunha, representado no Parlament”, afirmou Torra, esta quinta-feira, na presença do secretário do governo regional, Victor Cullel.
Não é a primeira vez que um presidente do governo autonómico ignora a monarquia e Constituição. Carles Puigdemont fez o mesmo em 2016.
Então, como esta quinta-feira, os líderes da Generatlitat enfureceram parte do país. No entanto, a justiça afirmou há dois anos que não existe uma fórmula obrigatória para a tomada de posse dos presidentes das regiões autonómicas e que Puigdemont não violou a lei ao ignorar as máximas instâncias do poder espnhol.
A Torra aplicar-se-á o mesmo.
À medida que Torra tomava esta quinta-feira posse como o novo president catalão, o presidente do governo espanhol encontrava-se reunido com o líder do Ciudadanos, Albert Rivera, que sustenta o governo minoritário do Partido Popular no Parlamento e nos últimos meses conquistou uma grande vantagem nas sondagens – está em primeiro, com 29,1% dos votos, mais dez pontos que o PP, que está em terceiro com 19,5%.
Rivera pediu a Mariano Rajoy que prolongasse a aplicação do artigo 155 contra o govern, estendendo assim a suspensão da autonomia e a gestão de Madrid. Rajoy recusou-o, mas prometeu estar “vigilante”. Assim que se forme o novo governo regional, o artigo 155 será anulado.