Um armazém com material de pirotecnia explodiu esta quarta-feira à tarde em Tui, na Galiza, matando uma mulher, causando ferimentos em 27 pessoas e destruindo quase totalmente uma dezena de casas.
O proprietário do armazém foi detido ao final da tarde, horas depois da explosão, por suspeitas de homicídio involuntário. À medida que a situação serenava no terreno e as equipas de emergência deixavam de formigar freneticamente pelas ruas, a cidade fronteiriça preparava-se para acolher uma centena de pessoas desalojadas.
A explosão ocorreu 20 minutos passados das 16h locais (menos uma em Portugal Continental). A detonação teve tais proporções que do local se ergueu uma coluna de fumo visível a uma dezena de quilómetros. “Pensámos que era o fim do mundo: começou tudo a arder”, contavam esta quarta-feira ao “El País” os vizinhos da empresa de pirotecnia La Gallega.
“As imagens do epicentro são dantescas, está tudo arrasado e é dramático”, explicava, por sua vez, a presidente do órgão de deputados de Pontevedra, Carmela Silva, em declarações ao “Faro de Vigo”, o centro urbano espanhol mais próximo de Tui.
“Caiu-nos a casa em cima e as chamas saíram pela porta”, relatava uma residente próxima do armazém, em declarações ao mesmo jornal regional.
O “El País” indicava no final da tarde desta quarta-feira que vários carros haviam ficado também destruídos na explosão, mais danificados pela onda de choque do que pelos piroclastos pirotécnicos. O Ajuntamento de Tui estava a preparar um centro de acolhimento para os cerca de cem desalojados.
O presidente do governo, Mariano Rajoy, que é galego, contactou o presidente da Xunta, Alberto Nuñez Feijóo.