O relatório sobre as "Tendências do investimento chinês na Europa", divulgado pela escola espanhola de ensino superior, revela que Portugal teve um rácio de investimento acumulado, ponderado pela sua dimensão económica, de 3,66, apenas ultrapassado pela Finlândia (4,47).
Pequim investiu em Portugal um total de 7321 milhões de dólares (6249 milhões de euros) entre 2010 e 2016. Foi o sétimo país europeu que mais investimento direto chinês recebeu a seguir ao Reino Unido (32080 milhões de dólares), Alemanha (18610), Itália (15810), França (12930), Finlândia (10580) e Irlanda (8220).
Em 2016, os destinos mais importantes na Europa para o investimento chinês foram a Alemanha (11260), a Finlândia (10490) e o Reino Unido (10350), com Portugal a ocupar a décima quarta posição com 90 milhões de dólares.
No caso de Portugal, em 2016 "não houve operações com a envergadura dos anos anteriores", mas nesse ano a Fosun anunciou a intenção de acompanhar o aumento de capital do BCP, para atingir o objetivo de controlar 30% da entidade financeira. Ivana Casaburi também destaca a entrada "particularmente interessante" da Hainan Airlines no capital da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway.
O gigante asiático foi há dois anos o segundo maior investidor do mundo com um total de 170110 milhões de dólares. Um quarto deste montante (41150 milhões) teve a União Europeia como destino, um aumento de 31% em relação ao ano anterior.
Segundo o relatório, a “China ocupa uma posição privilegiada para substituir os Estados Unidos como impulsionador da globalização", mas o “facto de o gigante asiático controlar fortemente o seu mercado interno e as suas empresas públicas no exterior retira credibilidade a este papel".