Se as eleições legislativas espanholas fossem hoje, o Partido Popular (PP) alcançaria 16,8% dos votos, perdendo 63 lugares no parlamento espanhol, segundo uma sondagem encomendada pelo jornal El Español. A confirmar-se este resultado nas urnas, o PP, que governa em Espanha desde 2011, passaria de primeira para quarta força política.
Por outro lado, o Ciudadanos tornar-se-ia na principal força política, com 28,5%, subindo de 32 para 108 assentos parlamentares.
Já o PSOE ficaria com 20,3% dos votos, mantendo os seus 85 deputados, e o Unidos Podemos, apesar do escândalo em torno da compra de uma casa de luxo por Pablo Iglesias e Irene Montero, sua companheira, manteria o terceiro lugar, com 19,3% dos votos. No entanto, perderia cinco deputados.
Desde as últimas eleições legislativas que o PP tem vindo a cair nas intenções de voto e atualmente lidera um executivo minoritário com apoio parlamentar de PSOE e Ciudadanos. A machadada na sua popularidade, no entanto, aconteceu com a condenação do partido em tribunal por corrupção, no chamado caso Gürtel, que valeu uma pena de 33 anos de cadeia para o seu tesoureiro, Luis Bárcenas.
Segundo a sondagem, em menos de dois anos o partido de Mariano Rajoy perdeu o apoio de metade dos seus eleitores, contrastando com o crescimento do Ciudadanos. A queda do PP é proporcional ao crescimento do partido liderado por Albert Rivera, representando uma transferência direta de votos.
A sondagem assume especial relevância por o PSOE ter apresentado uma moção de censura contra o governo minoritário do PP, liderado por Rajoy, que será votada esta sexta-feira.