A previsão é feita por David Hanson, o criador de Sophia – o robô mais famoso dos últimos tempos – num artigo intitulado ‘Entering the Age of Living Intelligence Systems and Android Society'.
Para Hanson, os avanços tecnológicos na área da inteligência artifical vão permitir que os computadores tenham a inteligência equivalente a uma criança de um ano já em 2029. Com a evolução da tecnologia, os robôs vão, por isso, precisar de ver assegurados os mesmos direitos que os humanos – algo que o robótico acredita que aconteça em 2045.
O direito ao voto, à propriedade e a casar são alguns dos que Hanson elenca no artigo. "À medida que as exigências da sociedade por mais máquinas de inteligência artificial obriga a uma maior complexidade da inteligência artificial, chegará um ponto crítico em que os robôs vão acordar e insistir nos direitos de existir, serem livres e evoluirem para o seu total potencial", defende no artigo. "Seremos forçados a decidir se podemos aceitar uma visão melhor e mais inclusiva daquilo que significa ser humano", acredita.
Pode parecer ficção científica, mas a verdade é que a profecia de Hanson já tem um precedente: Sophia viu o seu direito à cidadania garantido em 2017, com a Arábia Saudita a reconhecê-la como cidadã, no âmbito do Future Investment Initiative do país.
Coincidência ou não, o ano avançado por David Hanson é o mesmo apontado pelo futurista Ray Kurzweil para a ocorrência da singularidade tecnológica – o momento em que a inteligência artificial ultrapassará a inteligência humana… A consequência? A possível extinção da humanidade.