A Terra tem cerca de 7.6 mil milhões de pessoas, um número que ainda pode vir a aumentar. Mas a verdade é que, comparando com o resto da biomassa, somos apenas uma ínfima parte do que habita neste planeta.
Segundo um estudo publicado na semana passada no site do Proceedings of the National Academy of Sciences, e citado pela agência Associated Press, a biomassa humana – medida através do peso de carbono que compõe os nossos corpos – equivale apenas a 0,01% de toda a biomassa presente na Terra.
Ou seja, os humanos são uma ínfima parte de toda a matéria orgânica que existe no nosso planeta. Os ‘vencedores’ são as plantas, que compõem 80% da biomassa existente na Terra. O segundo lugar vai para as bactérias, que ‘ocupam’ 13% do planeta, e o terceiro para os fungos, com apenas 2%.
De acordo com o mesmo estudo, das 550 gigatoneladas (uma gigatonelada equivale a mil milhões de toneladas) de carbono de biomassa, os animais compõem duas gigatoneladas – metade são insetos, 0,7 são peixes e cerca de 0,3 são mamíferos, pássaros, nematódeos e moluscos. Os humanos ‘pesam’ apenas 0,06 gigatoneladas.
Esta medição foi feita graças aos desenvolvimentos na área das tecnologias de satélite, que permite recolher informação cada vez mais precisa. O estudo foi feito com base em dados recolhidos ao longo de três anos. Os investigadores afirmam que esta foi a informação mais precisa que conseguiram arrecadar até hoje, mas admitem que ainda podem ser feitas melhorias na investigação e que os dados podem mudar um pouco nos estudos que venham a ser feitos no futuro.
Apesar da nossa ‘marca’ em termos de carbono ser praticamente inexistente, o estudo mostra também que a Terra tem excesso de população: em termos de peso de matéria, a população humana pesa 20 vezes mais que toda a população de mamíferos selvagens no mundo.
Para além disso, a investigação indica que, nos últimos 10 mil anos, a atividade humana destruiu metade da biomassa pertencente ao grupo das plantas e reduziu o número de mamíferos selvagens em cerca de 85%.
Elizabeth Pennisi, uma das investigadoras neste projeto, revelou à revista Science que o objetivo deste estudo não era medir o ‘peso’ do Homem no planeta, mas sim descobrir a proteína dominante no planeta – ainda não conseguiram chegar a qualquer conclusão, mas vão continuar a investir neste projeto.
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