Um estudo, realizado por investigadores da Universidade de Toronto e publicado na passada terça-feira no jornal científico American College of Cardiology, vem concluir que a maioria dos suplementos não traz melhorias para a saúde nem para o bem estar do nosso organismo.
A investigação, que acrescenta ainda que alguns suplementos podem mesmo aumentar o risco de morte, chegou à conclusão de que apenas o consumo em comprimido do ácido fólico reduz os riscos de incidência de doenças cardíacas e enfartes.
Em análise estiveram estudos anteriores, conduzidos durante o período de cinco anos, referentes aos suplementos vitamínicos que são mais comuns, entre os quais as vitaminas A, B1, B2, B3 (niacina), B6, B9 (ácido fólico), C, D e E.
Pode perceber-se ainda que os suplementos de vitamina C, D e de Cálcio não demonstraram ter qualquer efeito que seja um benefício ou risco na prevenção de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, doenças cardiovasculares ou na ocorrência de mortes prematuras.
Ainda assim, os suplementos de B3, que contém antioxidantes, revelaram poder ter interferência mínima em algumas causas de morte.
David Jenkins, líder do estudo em causa, afirmou que “ficámos extremamente surpreendidos quando analisámos os suplementos mais populares do mercado e nos deparámos com tão poucos benefícios” e acrescentou que a pesquisa apurou que "não faz mal tomar multivitamínicos, tais como vitamina D, cálcio ou vitamina C, se assim o desejar, mas que de facto não lhe trazem qualquer vantagem”.
Uma vez que não há dados positivos, à exceção do ácido fólico, Jenkins recomenda que “os indivíduos apostem no consumo de uma dieta saudável e equilibrada, rica em vitaminas e nutrientes”.
A pesquisa – debruçada em estudos científicos realizados entre 2012 e 2017 – aconselha ainda que quem sofre de deficiências específicas deve consultar um médico.