Rodrigo Battaglia revelou que teve de recorrer a carta de ajuda psicológica após as agressões em Alcochete.
"Desde o momento da minha chegada à Argentina, tirei alguns dias para refletir e avaliar tudo o que aconteceu no clube nestes últimos tempos e no modo como esses factos me atingiram a nível pessoal. Até fiz algumas consultas psicológicas antes de tomar uma decisão. Cheguei à conclusão que me é impossível continuar com a relação de trabalho e voltar ao clube, tendo em vista os factos ocorridos", lê-se na carta de rescisão, divulgada pelo site O Jogo.
Battaglia diz que "desde meados da temporada, o presidente do clube [Bruno de Carvalho] começou a fazer uma pressão (…) sobre a equipa" e achou "estranho" nenhum dos responsáveis do clube estar em Alcochete no dia em que cerca de 50 adeptos entrar na academia com o objetivo de agredir os jogadores e a equipa técnica.
"Ao chegar ao centro de treinos, naquele dia, o representante da equipa, que estava sempre presente, não se encontrava no local, nem mesmo os outros dirigentes lá estavam. Inclusive, o treino da equipa feminina marcado para aquele dia tinha sido suspenso de forma imprevista", lê-se no documento.
Na carta, Battaglia descreve o momento das agressões: "Chegou um momento em que tinha cinco ou seis sujeitos a agredirem-me, a ameaçar-me de morte e a golpear-me enquanto eu me tentava proteger. De repente, senti um golpe tremendo nas costas. Tinham-me dado com um garrafão de água de 25 litros. É realmente estranho como naquele dia, de treino antecipado, não houvesse dirigentes nem segurança alguma, nem mesmo qualquer pessoa no local. A conduta do clube foi, no mínimo, negligente”.