Tribunal proíbe grupo de rap londrino de fazer música sem autorização

O coletivo 1011 foi condenado em novembro depois de ter confessado crime violento. 

Nos próximos três anos, os cinco membros do coletivo de drill rap (variante sulista com origem em Chicago e fortes ligações ao gangsta rap) só podem criar mediante autorização. E estão proibidos de escrever sobre violência ou morte.

Os 1001 estão ainda obrigados a informar as autoridades sobre a publicação de qualquer vídeo com 24 horas de antecedência, e 48 sobre filmagens ou atuações em público. A banda foi presa em Novembro do ano passado, acusada de conspiração em atos violentos de desordem. 

O grupo admitiu a culpa e foi a tribunal. O juiz decidiu pela condenação mas a decisão está a gerar polémica. 

Jodie Ginsberg da organização anti-censura Index On Censorship defendeu ao Guardian que "banir um tipo de música não é forma de lidar com ideias ou opiniões perturbadoras". "[A decisão] não vai resolver os problemas que levam à criação deste tipo de música, nem deve ser aberto um precedente em que certas formas de arte que incluem imagens ou ideias violentas sejam banidas", assumiu.

"Precisamos de combater a violência. Não ideias ou opiniões", concluiu a ativista.

Os 1001 são Yonas Girma, de 21 anos, Micah Bedeau, de 19, Isaac Marshall, de 18, Jordan Bedeau, de 17, e Rhys Herbert, 17. Todos são da zona Oeste de Londres e estão presos a cumprir penas entre os três anos e meio e os dez meses.