O bloco cirúrgico das instalações provisórias do Hospital de São João, no Porto, teve de ser encerrado devido a uma infestação de moscas. António Oliveira e Silva, presidente da unidade hospitalar disse que esta é “uma prova inequívoca das condições degradantes” das instalações.
Durante a inauguração do novo Centro de Ambulatório Pediátrico, Oliveira e Silva reforçou a necessidade urgente de intervenção na pediatria do Hospital. “É um problema que, recorrentemente, vamos tendo e vamos resolvendo pontualmente, como todas as intervenções que são necessárias nas instalações provisórias do internamento de pediatria”.
“Para terem uma ideia, durante o ano de 2017 foram feitas 1.419 intervenções no internamento de pediatria. Provavelmente, este ano vão ser duas mil”, reforçou o presidente. “À medida que se deterioram as instalações a funcionar em contentores – que estavam previstas para durar três anos e vão com quase sete ou oito – é evidente que os problemas vão surgindo e nós vamos resolvendo.”
O bloco de pediatria foi encerrado mas Oliveira e Silva garante que “amanhã [sábado] o problema estará resolvido”.
Foi também no Hospital São João que ainda este ano foram denunciados casos de crianças que faziam quimioterapia nos corredores do hospital. O projeto para a construção do Joãozinho, orçamentado em 22 milhões de euros está à espera do visto do Ministério das Finanças para utilizar os 19 milhões de euros já disponíveis numa conta.
“Há um protocolo assinado, temos um projeto pronto para entrar em execução e não temos o dinheiro libertado que torne possível a execução desse projeto”, disse Oliveira e Silva acrescentando que as obras que não estão dependentes da aprovação dessa verba têm sido realizadas, tal com a renovação do Centro de Ambulatório Pediátrico.