Quim Torra, presidente da região autónoma da Catalunha, anunciou que nenhum membro do executivo regional “assistirá a nenhum ato” oficial da monarquia espanhola e não convidará a monarquia para participar em “eventos organizados pela Generalitat (parlamento catalão)”.
O governo de Madrid já reagiu à declaração dos separatistas, através da porta-voz Isabel Celaá, avisando Torra de que, se tal acontecer, as consequências serão para a Catalunha. Celaá disse ainda que isto mostra que o Executivo não representa toda a região.
Torra solicitou ao rei Felipe VI para se encontrarem à margem dos Jogos do Mediterrâneo de modo a falarem sobre as pretensões dos separatistas e sobre da posição tomada pelo monarca durante a realização do referendo para a independência catalã, a 1 de Outubro, que o considerou ilegal. No entanto o rei não acedeu ao pedido.
Os Jogos do Mediterrâneo realizam-se de quatro em quatro ano e juntam os países banhados pelo mar mediterrâneo numa cidade previamente selecionada. Este ano a cidade escolhida foi Tarragona.
A 1 de outubro realizou-se o referendo à independência da Catalunha, onde o sim ganhou com uma esmagadora maioria. No entanto, o resultado foi influenciado quer pelos partidos unionistas que apelaram ao boicote do referendo, quer pelo governo de Madrid o considerou ilegal e ativou as forças policiais a intervirem para evitar que se realizasse.