Dezenas de sócios sportinguistas insultaram, assobiaram, confrontaram e tentaram agredir Álvaro Sobrinho na Assembleia-Geral deste sábado, na Altice Arena. “Público” e “Expresso” garantem que o maior acionista individual da SAD do Sporting não chegou a ser agredido, em parte por intervenção da polícia no local.
Em declarações à TVI24, já à saída da Altice Arena, Sobrinho reconheceu que alguns adeptos “mais radicais” procuraram confrontá-lo fisicamente, mas desmentiu que tivesse sido agredido. Parecem infundados os relatos de que o acionista angolano foi atingido e procurou o abrigo da casa de banho.
Sobrinho, que, por intermédio da empresa Holdimo, detém 30% do capital acionista da SAD sportinguista, parece ter sido rodeado por algumas dezenas de adeptos que o tentaram agredir atirando isqueiros, copos e procurando empurrá-lo. Sobrinho voltou-se contra Bruno de Carvalho no início da atual crise do clube e procura a sua demissão.
Sobrinho não foi o único acionista mal recebido na Altice Arena, para a qual a polícia destacou meios de segurança equivalentes aos que são enviados para os jogos de alto risco no campeonato. José Maria Ricciardi foi recebido com assobios e cânticos acusando-o de ser “uma vergonha”, aparentemente dirigidos por apoiantes de Bruno de Carvalho.
O presidente suspenso do Sporting não participa na Assembleia-Geral deste sábado, mas dirige-lhe comentários através das redes sociais. A meio da tarde escreveu que os seus apoiantes devem continuar na Altice Arena até ao fim da votação para evitar “afinações” – sugere, portanto, tentativas de manipulação por parte dos órgãos sociais.
"FIQUEM TODOS NA AG ATÉ SABEREM OS RESULTADOS POIS SE FICAREM POUCAS PESSOAS ATÉ AO FINAL VAMOS TER "AFINAÇÕES"!!! NEM QUE SEJA ATÉ ÁS [sic] 24H!!!!", escreveu o dirigente na sua página do Facebook, onde defende também este sábado que a maioria das intervenções na Altice Arena são em sua defesa.