De acordo com a ABE, o cenário do Reino Unido sair da União Europeia (UE) sem chegar a um acordo com Bruxelas tem “sérios riscos” para a estabilidade.
O Brexit está agendado para 29 de março de 2019 e há um acordo de princípio para que haja um período de transição até 2020. Mas este acordo está por formalizar e segundo a ABE o cenário do Reino Unido sair da União Europeia (UE) sem chegar a um acordo com Bruxelas tem “sérios riscos” para a estabilidade.
"As empresas não podem dar por garantido que continuarão a operar como o fazem atualmente, nem podem apoiar-se num acordo político não executado", disse o presidente do ABE, Andrea Enria, em comunicado.
A ABE adverte também os bancos de que o acesso aos serviços financeiros entre os dois lados do Canal da Mancha poderão ser "interrompidos abruptamente" se as autoridades públicas não chegarem atempadamente a acordo sobre soluções alternativas.
“Isto deveria ser um grito de alerta. O tempo está a esgotar-se, em alguns casos já se esgotou, e não assumo que haja um período de transição”, diz também, Piers Haben, diretor da EBA para os mercados bancários, inovação e consumo.
Segundo Haben, os “bancos não podem assumir que se podem imiscuir da totalidade do processo” de pedido de licenças para operar. Para operarem na UE depois de 29 de março de 2019, os bancos britânicos têm de ter licença, tal como as filiais dos bancos da UE para continuarem a funcionar no Reino Unido
A ABE afirma que os bancos têm de ter pessoal suficiente nas novas operações para gerir os ricos depois da saída do Reino Unido e que a estabilidade não pode estar em causa porque as instituições financeiras querem diminuir custos.