Agora é oficial: pelo menos em termos legais, Bruno de Carvalho já não é presidente do Sporting. O agora ex-líder do Conselho Diretivo e da SAD leoninos foi oficialmente substituído no cargo (por cooptação) por Sousa Cintra, como se pode ler num documento publicado no portal do Ministério da Justiça. A nota, da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, confirma a “revogação de mandato” de Bruno de Carvalho, numa deliberação tomada domingo, no seguimento dos resultados da Assembleia-Geral (AG) leonina do dia anterior.
Em comunicado, Sousa Cintra confirmou que Bruno de Carvalho já não ocupa qualquer cargo na estrutura do Sporting, seja no clube ou na SAD, e que a sua entrada nas instalações está “imediatamente proibida”, tal como as de José Quintela, Alexandre Godinho, Luís Roque e Luís Gestas, todos eles membros do anterior Conselho Diretivo. Sousa Cintra, de resto, pediu aos funcionários para que se abstenham “de receber e cumprir ordens” de Bruno de Carvalho e dos restantes membros do Conselho Diretivo. Só Carlos Vieira e Rui Caeiro, acionistas da SAD até haver nova Assembleia-Geral do órgão, têm permissão para “aceder aos gabinetes pessoais”, embora não tendo acesso a “pessoal de apoio” ligado ao clube.
Bruno, o arrependido O dia, como tantos outros nos últimos tempos, havia começado novamente “animado” para os lados de Alvalade. Chegou a ser noticiada uma alegada proibição a Sousa Cintra de entrar nas instalações do clube durante a manhã – um cenário desmentido depois de almoço por Fernando Correia: o porta-voz do Conselho Diretivo destituído no passado sábado revelou mesmo que Bruno de Carvalho estaria à espera de Sousa Cintra para “trocar impressões e cumprir os formalismos necessários” à passagem da pasta. O ex-jornalista, porém, referiu que “Bruno de Carvalho é ainda o presidente da Administração da SAD do Sporting até que se realize uma Assembleia-Geral de acionistas para resolver o assunto”, lembrando que “o clube e a SAD são coisas completamente distintas”.
Bruno de Carvalho, por seu lado, prosseguiu na sua onda de contradições constantes. O agora ex-presidente do Sporting editou as duas publicações que havia feito na véspera – a primeira, durante a madrugada, onde insultava os novos dirigentes leoninos, apelidando ainda Sousa Cintra de “homem do tremoço” e onde prometia deixar de ser sócio e inclusive adepto do Sporting; e a segunda, onde anunciava a intenção de impugnar a AG de sábado e de se candidatar novamente à presidência dos leões nas eleições agendadas para 8 de setembro.
Na última versão, apagou os insultos da primeira publicação – pedindo “desculpas” pelo que havia escrito – e as promessas de abandonar “para sempre” toda e qualquer atividade relacionada com o Sporting, e na segunda deixou de existir qualquer menção à impugnação da AG – mantendo, ainda assim, a intenção de se recandidatar à presidência dos leões.