Em resposta aos pedidos feitos por vários partidos sobre o caso das agressão de cariz racista a uma jovem no Porto, o Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou, na esta quarta-feira, em comunicado, a abertura de um processo de esclarecimento sobre o caso.
O ministro Eduardo Cabrita refere que não tolerará “fenómenos de violência nem manifestações de cariz racista ou xenófobo".
A abertura deste processo vem na consequência de vários partidos terem exigido ao governo explicações sobre o sucedido, na passada quinta-feira: "Na sequência das questões suscitadas hoje por vários partidos parlamentares, relativas a uma ocorrência envolvendo uma cidadã colombiana no Porto, o Ministério da Administração Interna informa que, através da Inspeção Geral da Administração Interna, foi aberto um processo administrativo, que visa o esclarecimento da situação junto da Polícia de Segurança Pública", lê-se no comunicado.
Relativamente às alegações feitas em relação à regulação da atividade das agências privadas de segurança, Eduardo Cabrita diz que ainda está "em processo legislativo as alterações à Lei da Segurança Privada".
A empresa 2045, cujo um dos seus empregados foi responsável pela agressão à jovem colombiana, anunciou ter iniciado um processo de averiguação interna, segundo a agência Lusa, e confirma a "ocorrência na [empresa] STCP do Porto, na noite de São João, pelas 05:30/06:00", acrescentando que esta "foi comunicada à PSP, que esteve presente no local".