Hospital Amadora-Sintra sob investigação da ERS devido a alegado ‘negócio com partos’

O hospital está sob investigação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), por suspeitas de uma médica deste estabelecimento ter realizado milhares de partos a mulheres angolanas a troco de dinheiro

Uma investigação da RTP descobriu que uma médica obstetra do Hospital Amadora – Sintra, criou um negócio particular que lhe permitiu gerar milhares de euros. A médica realizava partos a mulheres angolanas, que não se encontravam registadas no Sistema Nacional de Saúde (SNS), e eram obrigadas a pagar à médica, para além de terem de pagar ao hospital.

A unidade hospitalar em questão já está sobre uma investigação interna, que será remetida para o Ministério Público, revela a RTP.

Algumas mulheres angolanas que procuram partos seguros em Portugal são encaminhadas para o Hospital Amadora – Sintra, onde a médica obstetra Joana Neto faz com que estas mulheres acreditem que têm de pagar mais que o valor estipulado pelo hospital e que, segundo a RTP, varia entre os 592,50 euros – se for parto normal -, e os 976,35 euros no caso de ser cesariana.

A médica tem dito às supostas pacientes que o valor respetivo destes ronda os 1500 a 2000 euros e que, por estas não terem SNS, são obrigadas a pagar o valor estipulado pela médica. O hospital, no entanto, não pode recusar nenhum utente que o procure.

Joana Neto não é ginecologista e apenas está apta para realizar partos em caso de emergência. Para além desta unidade em questão, a RTP revela que a médica realiza mais partos em outras duas clínicas.

De acordo com a RTP, este esquema fraudulento pode ter lesado o SNS em milhares de euros.

Este esquema, segundo a fonte, pode ter lesado o Serviço Nacional de Saúde em alguns milhares de euros.