Joana Vasconcelos chegou ao Guggenheim Bilbao com mais de trinta obras na bagagem, entre os seus ‘clássicos’ e 14 inéditos pensados para a ocasião solene. Não é para menos: é a primeira vez que o museu abre portas a um artista português. As portas de I’m your mirror abriram ontem.
A exposição, com curadoria de Petra Joos (do Guggenheim) e Enrique Juncosa (antigo subdirector do Museu Rainha Sofia, em Madrid), leva até ao Guggenheim a escala monumental a que Joana Vasconcelos já nos habituou.
Entre as novas obras conta-se ‘A Máscara’, à qual foi buscar o nome desta exposição. Trata-se de uma reprodução com mais de seis metros de altura inspirada nos carnavais de Veneza e que pesa mais de duas toneladas. Mas há também ‘Egeria’, uma série de coloridas valquírias, tema que tem vindo a trabalhar desde a viragem do milénio e que pensou propositadamente para este espaço. A estas junta-se, por exemplo o ‘Pop Galo’, o enorme galo de Barcelos que criou em 2016.
Para esta exposição, a artista portuguesa não deixou de parte os seus trabalhos mais simbólicos: ‘A Noiva’, o candelabro feito de tampões, e ‘Marilyn’, em que as panelas viraram sapato.
A mostra mantém-se em Bilbao até novembro e, em janeiro, segue para o Museu de Serralves.