Ontem, ao oitavo dia do desaparecimento de uma equipa de futebol juvenil numa gruta inundada na Tailândia, não se registava ainda sinal de vida dos 12 rapazes e seu professor, mas as equipas de salvamento avançaram muito em relação ao local onde creem que o grupo está aprisionado.
Os mergulhadores norte-americanos dos SEALS, que estão a auxiliar as autoridades locais, atingiram na noite de sábado uma interseção-chave na gruta, a dois ou talvez três quilómetros da localização provável dos rapazes. As condições meteorológicas melhoraram ontem em relação aos últimos dias de fortes chuvas e pensa-se que os mergulhadores podem alcançar a localização ainda hoje, segunda-feira.
Os rapazes participavam num passeio à gruta de Tham Luang com o seu treinador, uma atividade que já haviam realizado várias vezes. A gruta tem dez quilómetros de profundidade e acredita-se que um deslize de terras, provavelmente provocado pelas grandes chuvas das últimas semanas, tenha bloqueado a saída. As equipas de resgate pensam que os rapazes e o treinador têm água para beber – a que escorre pelas paredes, por exemplo, ou a que vem com as chuvas –, mas pouca comida e, possivelmente, pouco oxigénio. Os 12 rapazes têm entre 11 e 16 anos.
“O pior problema por diante é psicológico, uma vez que não sabem a que ponto podem ser resgatados”, explicava ontem ao “Guardian” Anmar Mirza, coordenador da Comissão norte-americana de Resgate em Cavernas, alertando também para a possibilidade de a água estar suja e contaminada. “Se beberem a água das cavernas e ficarem doentes, isso pode acelerar a situação na qual se encontram. Mas, se não a beberem, também estarão em apuros”, afirma.