Uma membro do grupo neonazi National Socialist Underground (NSU), Beate Zschäpe, foi condenada a prisão perpétua pela morte de oito turcos, um grego e um polícia entre 2000 e 2007. Depois de um julgamento de cinco anos, a Justiça alemã deliberou que a arguida matou por ódio racial. Além dos homicídios, o grupo fez dois atentados bombistas e 15 assaltos a bancos.
Outras quatro pessoas – Ralf Wohlleben, Carsten S., André E. e Holger G. – foram condenadas a penas de prisão por terem ajudado o grupo nas suas atividades.
A polícia alemã tomou conhecimento da existência do grupo neonazi e dos seus crimes por mero acaso, depois de ter começado a investigar um assalto a um talho em 2011. As investigações levaram as autoridades até à casa onde Zschäpe vivia, partilhando-a com dois dos assaltantes. Estes, Uwe Mundlos e Uwe Böhnhardt, tinham firmado um pacto de suícidio, com os seus corpos a serem, mais tarde, encontrados queimados numa caravana.
O caso ganhou repercussão nacional por ter demonstrado as fragilidades da vigilância da polícia alemã a grupos neonazis. Sob pressão pública, a polícia abriu um inquérito às atividades da organização, descobrindo os homicídios.