Emmett Till tinha 14 anos quando foi vítima de linchamento, em 1955, no Mississípi, altura em que vigorava a segregação nos EUA. Em 2017, a mulher que faz com que este jovem negro fosse morto na praça pública decidiu mudar o seu testemunho. Agora, o FBI decidiu reabrir a investigação.
Em 1955, Till foi levado por um grupo de homens para o meio da rua, sendo depois espancado e morto a tiro. O corpo foi encontrado, três dias depois, num rio. As autoridades abriram uma investigação ao homicídio e uma das pessoas interrogadas foi Carolyn Donham, uma jovem de 21 anos casada com o homem que liderou o grupo que atacou Emmett Till. Na altura, Donham disse em tribunal que tinha sido vítima de assédio e que o agressor era o jovem negro.
O caso foi reaberto em 2005, quando o corpo do jovem foi exumado. No entanto, a maior parte dos suspeitos já estavam mortos, o que levou as autoridades a encerrarem o processo dois anos depois.
No entanto, em 2017, foi publicado um livro sobre o caso de Till que trouxe ao de cima algumas dúvida: Carolyn admite que a história não terá sido como contou em 1955 e que “nada justifica o que aconteceu ao rapaz”.
Na altura, os Estados Unidos tinham políticas e leis que são hoje consideradas racistas, que discriminavam e segregavam a comunidade negra; por isto, as autoridades admitem hoje em dia que o caso não foi tratado com o maior cuidado.