Segundo os resultados de um estudo realizado pela BP, o “BP Statistical Review of World Energy 2018”, apresentado esta segunda-feira numa conferência organizada em parceria com o jornal Expresso, no Centro Cultural de Belém, os níveis de emissões CO2, que foram registadas nas centrais de produção de energia, sofreram um aumento de 1,6% em 2017, relativamente ao ano anterior a este.
Segundo um dos responsáveis da BP, Spencer Dale E., “isto é um grande passo atrás”.
No mesmo estudo, faz-se referência ao aumento do uso das energias renováveis, que sofreram um aumento em 2017 de 17%. Segundo a responsável pela área da análise do mercado de gás natural da empresa, Anne, Sophie Corbeau, “em 2017 adicionaram-se mais 100 GW de nova capacidade solar no mundo, e cerca de metade foi na China”. No entanto, com este aumento, a responsável diz que se estão a dar “dois passos à frente e um atrás”.
Os fatores que contribuíram para o aumento de emissões de dióxido de carbono foram o facto de a economia a nível mundial ter melhorado e a produtividade das empresas ter também aumentado.
O presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), António Sousa, esteve presente nesta conferência, assumiu que os consumidores não se preocupam. “Temos um consumidor que não se preocupa com o que está por trás quando liga a luz ou abastece o carro. Falam em eficiência, mas não fazem as contas. Por exemplo, mudam as lâmpadas porque há incentivos ou porque está na moda e só mudam de frigorífico quando ele se avaria, mas ao longo dos anos ele vai perdendo eficiência e vai gastando mais”.