Esta terça-feira Jorge Jesus falou pela primeira vez acerca do ‘ataque’ à Academia de Alcochete, no passado mês de maio, e afirmou que passou por “momentos difíceis”, considerando que o que aconteceu foi para ele “um filme de terror”.
“Tochas nos balneários, ameaças em alto e bom som dizendo que nos iam matar, agressões (…) Não é por acaso que nunca mais consegui entrar na Academia. Até pedi ao Márcio e ao Paulinho para trazerem as minhas coisas. Nunca mais lá entrei”, revelou Jorge Jesus, em declarações à Bola Tv.
O ex-treinador do Sporting afirmou ainda que “não deveria ter aceitado” jogar a final da Taça de Portugal, acrescentando ainda que todos os que tinham “responsabilidade no Sporting” deveriam ter “impedido” a realização da partida, justificando que “achava que não era bom anular aquela final” do ponto de vista dos “interesses do futebol”.
“Tínhamos que mostrar que há quem manda, que as instituições não se intimidam. Quero agradecer publicamente ao presidente da Federação, Fernando Gomes, que teve o cuidado de me ligar várias vezes para saber se eu achava bem que a final se realizasse. Foi, de facto, um dia traumatizante para mim. Perdi finais da Liga Europa mas nenhuma me traumatizou tanto como a final da Taça de Portugal”, concluiu, à margem do estágio do Al Hilal, na Áustria.