As informações falsas publicadas nos Facebook e que incitem à violência vão passar a ser removidas da rede social, anunciou esta quarta-feira a empresa de Mark Zuckerberg. A medida já foi testada no Sri Lanla, onde os conflitos inter-religiosos têm provocado confrontos.
“Estamos a começar a implementar essa nova política em países onde vemos exemplos em que a desinformação levou à violência”, afirmou Tessa Lyons, gestora de produtos do Facebook.
O que não passará na rede são os conteúdos imprecisos ou enganosos, que contenham fotos falsas que sejam partilhadas com o intuito de incitar a violência física. Até agora só os discursos de ódio e os apelos diretos à violência eram filtrados, mas a nova política pretende, com a ajuda de organizações locais ou agências especializadas, remover outros tipos de conteúdos que, mesmo sendo menos explícitos, possam vir a potenciar confrontos.
Fora dos parâmetros fica a negação do Holocausto. Mark Zuckerberg disse em entrevista ao site Recode que apesar de considerar “profundamente ofensiva”, a negação do Holocausto não deve ser banido das redes sociais. Para Zuckerberg, que é judeu, o conteúdo ofensivo não tem de ser proibido a não ser que seja usado para planear fazer mal a alguém.
A Liga Anti-Difamação já criticou as declarações do CEO do Facebook ,dizendo que a plataforma tem a “obrigação moral e ética” de impedir que as pessoas divulguem a negação do Holocausto.