Em Portugal existem “34 dadores por milhão de habitantes”, o que ajudou o país a conseguir o segundo lugar, a nível mundial, de mais transplantes efetuados em 2017, avança a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) no dia em que se celebra o dia do Transplante.
"Apesar de não ter atingido os recordes de 2009 e 2010, o ano passado foi um ano com muitos dadores, que, consequentemente, permitiu haver mais transplantes", disse à Lusa a presidente da SPT, Susana Sampaio
Esta subida do ano passado, que aumentou graças também à subida do número de doações em vida, pode estar em risco. Susana Sampaio tem “a sensação”, sem ter ainda números oficiais, que a “contingência atual que se vive com equipas a trabalhar no limite”, falta de recursos humanos, “infraestruturas que precisam de renovação” e “consultas que estão com tempo de espera prolongados”, pode vir a reduzir o número de transplantes efetuados.
Os objetivos de colheita para este ano passam por manter o número de dadores do ano passado, no entanto no que toca aos dadores vivos, a SPT quer ultrapassar os 11% do número total de transplantes.
O Dia do Transplante é assinalado no Pavilhão Centro Portugal, em Coimbra, com o tema “O Transplante e a Arte”. "A arte é uma das melhores formas de o ser humano expressar as suas emoções e sentimentos. E o mundo da transplantação pode ser uma avalanche de emoções, quer para os dadores, para os recetores e mesmo para os profissionais de saúde", explicou a presidente.