De acordo com várias investigações, a cozinha de uma habitação comum não passaria num teste de inspeção de saúde, uma vez que viola várias questões de higiene.
Segundo um estudo da Universidade de Drexel, nos EUA, publicado no Journal of Food Protection, foram observadas 100 cozinhas que utilizam os critérios de um inspetor de saúde num restaurante.
Além disso, o estudo analisou ainda amostras dos puxadores dos frigoríficos, balcões e panos de loiça, e concluiu que a maior parte das casas evidenciam sinais de infestações e não preservam carne crua da forma correta.
Portanto, segundo os dados revelados pelo estudo, um dos sítios mais perigosos na nossa comida é aquele onde estão as carnes. “A refrigeração pode abrandar ou parar o crescimento de bactérias por isso, se a carne crua e peixe são armazenados a uma temperatura superior a 5º Célsius, as bactérias vão desenvolver-se mais rapidamente”, indica o estudo.
Relativamente aos panos e esponjas, 64% daqueles que foram analisados continham bactérias patogénicas, ou seja, que podem provocar doenças. Umadas investigadores da Universidade de Drexel, a dra Quilan, aconselha a que as pessoas ponham os panos e as esponjas durante alguns segundos, dentro do microondas, de forma a matar estas bactérias.
Já no que diz respeito ao lava-loiças, foi detetada a presença de E. Coli – bactéria que pode causar intoxicações alimentares aos humanos visto que está presente na flora intestinal dos animais e na carne crua -, e também a presença de salmonela.
Nas tábuas de cortar os alimentos, 80% das que foram analisadas apresentavam rachas onde ficavam instaladas as bactérias, sendo que em 50% das cozinhas, não havia sequer uma tábua de cortar os alimentos, indicando que as pessoas o fazem diretamente em volta do lava-loiça.