Depois de anunciada a partida para a Bélgica de Carles Puidgemont para liderar um partido para a Catalunha à distância, depois de ter sido cancelado o mandato europeu de detenção, o líder independentista afirmou, esta quarta-feira, que não vai “estar 20 anos sem pisar solo catalão”.
"Não sei se vou demorar 20 anos a pisar solo espanhol ou não, o que sei é que não vou estar 20 anos sem pisar solo catalão. Evidentemente, a mudança de governo espanhol é uma mudança de estilo, de clima e de linguagem”, afirma Puidgemont.
O ex-presidente do Governo da Catalunha não pode regressar a Espanha nos próximos 20 anos, mesmo com o mandato europeu de detenção cancelado, seria imediatamente detido pelas autoridades e iria responder em tribunal pelo crime de rebelião.
Puidgemont vai para a Bélgica já este fim de semana, o lugar onde estava há quatro meses. “É [Belgica] onde temos a casa da república e onde temos que começar a trabalhar no Conselho da República. A minha vontade é continuar com o nosso mandato", afirmou.
O líder independentista sublinha que “agora, tem que vir o tempo não dos gestos, mas dos feitos. Sempre demonstrámos ter disposição para o diálogo e teremos, mas temos que abordar o essencial, as relações entre Catalunha e Espanha. Não se entenderia que depois de tudo, as conversações políticas não falassem disso. E, basicamente é um princípio que para nós faz parte da essência da democracia: respeitar a liberdade de um povo sobre o seu futuro e o seu destino".
O novo governo paralelo, dedicado à Catalunha, tem o nome de Crida Nacional per la República – em português Conselho da República.