Um novo relatório sobre o misterioso desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines não aponta o dedo a culpados, mas não exclui a hipótese de ter existido a intervenção de terceiros. Para além disso, os investigadores desmistifcam algumas das teorias que têm surgido desde o desaparecimento do avião, em 2014.
"Não temos indicação de que a aeronave tenha sido pilotada por qualquer outra pessoa que não o piloto. Não podemos excluir a possibilidade de interferência de terceiros. E segundo os registos militares, não há evidências de uma rápida mudança de altitude e velocidade que indique que o MH370 tenha tentado deliberadamente evitar o radar", explicou Kok Soo Chon, responsável pela equipa de investigação, ao site news.com.au.
Por outro lado, o responsável negou várias teorias que têm sido avançadas, como a possibilidade de ter existido uma anomalia no avião. "Podemos confirmar que a alteração de rota não foi provocada por anomalias no sistema mecânico. Fizemos simulações para determinar como é que a aeronave mudou de rota e podemos confirmar que essa mudança não foi feita em piloto automático mas sob controlo manual", explicou Kok Soo Chon, realçando que não foram detetadas falhas no avião: "Não havia nenhum problema com o aparelho. Não foi detetada nenhuma evidência de comportamento errado dos motores".
Outra das teorias excluídas foi a de a aeronave ter sido controlada remotamente: "Não há qualquer prova que fundamente a teoria de que o MH370 tenha sido controlado remotamente por alguém", afirmou o responsável, recordando que este é ainda um relatório preliminar e não o final.
Recorde-se que o voo MH370 desapareceu em março de 2014, depois de ter partido de Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo.
A aeronave mudou de rota duas horas depois de ter descolado e, uma hora depois, desapareceu dos radares. A investigação encontrou alguns destroços do avião, mas ainda não se sabe onde este caiu e o que esteve na origem deste acidente.