Segundo a presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma, algumas pessoas foram retiradas das zonas de risco e alojadas numa escola na sede de concelho. No entanto, a autarca não avança números.
“Temos aqui na freguesia de Silves o incêndio ativo, temos estado a controlar com a ajuda de meios aéreos e terrestres que foram enviados para cá. Temos entrado em contacto com as populações mais afetadas para entrar colocá-las em locais mais seguros enquanto estamos a tentar então regularizar a situação onde estão as suas habitações”, disse a Rosa Palma à Agência Lusa.
A zona mais afetada foi Falacho, onde o fogo “esteve muito perto das habitações”. “Foi muito complexo ali, mas tivemos a compreensão das pessoas e elas foram levadas para um local mais seguro. Agora foram novamente levadas às suas casas só para se certificarem que conseguimos salvaguardar os seus bens”, explicou a autarca.
Também as áreas próximas do Centro Cinegético da Câmara de Silves, do Zebro de Obra e Falacho de Cima foram zonas muito fustigadas pelo incêndio.
A principal causa de “preocupação” foi as “condições adversas” da meteorologia, em particular o vento que tem “feito com que locais que pareciam controlados possam reacender”. “Com o vento, temos tido algumas situações que alteram o cenário de combate. É um cenário complicado mesmo, mas julgo que estamos a conduzi-lo e esperamos que a resolução seja uma realidade”, acrescentou lembrando que “o vento faz uma linha incessante de reacendimentos, o que torna complicado” o combate ao incêndio.
Para Rosa Palma, a prevenção foi a chave para salvaguardar as pessoas e habitações do concelho: “Como temos faixas de combustível feitas, como temos silvicultura, como temos todo o reconhecimento da área do nosso concelho, que é bastante vasto, isso facilita muito o trabalho de qualquer equipa que chegue aqui até nós”, explicou. Também o “levantamento feito [pela Câmara Municipal] de todas as casas do concelho”, assim como o conhecimento das “pessoas que têm dificuldade de mobilidade, as casas que estão habitadas, as pessoas que estão acamadas” facilitou “bastante o trabalho quer da proteção civil quer da própria GNR”, afirmou a autarca.