Um prédio que estava em obras junto à Avenida D. Carlos I, em Lisboa, desabou hoje à tarde. Do acidente resultou uma vítima mortal e um ferido. De acordo com o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, Pedro Patrício, o ferido é um homem de 61 anos e foi retirado alguns minutos depois da ocorrência. A vítima mortal, a rondar os 50 anos, permaneceu soterrada nos escombros durante horas, até que fossem “reunidas as condições de segurança necessárias” para o efeito.
Pedro Patrício afirmou que a causa do acidente foi a queda de uma parede interior, que deixou as duas vítimas presas dentro do edifício.
Quando as autoridades chegaram ao local, a vítima mortal já estava aparentemente sem vida, adiantou o comandante da operação aos jornalistas presentes no local. O comandante acrescentou ainda que o ferido retirado tinha sofrido algumas “escoriações”, mas apesar de aparentemente estar bem de saúde, foi encaminhado para o Hospital São José, em Lisboa.
O alerta foi dado por volta das 17h16 e no local, de acordo com a página da Autoridade Nacional da Proteção Civil, estiveram 38 operacionais e 13 meios terrestres da PSP, Polícia Municipal, INEM e dos Sapadores de Lisboa.
O responsável dos bombeiros afirmou que quando chegaram ao prédio, encontraram “estruturas danificadas pela queda da parede” e que o desabamento “pode alterar completamente a segurança que era exigida”.
No decorrer das operações de resgate das vítimas, a fachada do prédio em causa começou a apresentar sinais de possível desmoronamento, pelo que a polícia teve de isolar a área e cortar a circulação na Rua do Merca-Tudo, numa das vias da Avenida D. Carlos I e condicionar o trânsito na Calçada Marquês de Abrantes.
O comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros garantiu também que o perigo que o prédio representa “está dentro do perímetro de segurança efetuado”.
Não se sabe quando serão retomados os trabalhos no edifício, que está localizado no cruzamento da Avenida D. Carlos I com a Calçada Marquês de Abrantes. Segundo Pedro Patrício, após a operação de resgate ter sido concluída, continuou a existir perigo e as autoridades competentes, nomeadamente a Câmara Municipal de Lisboa, já iniciaram os trabalhos para que a fachada do prédio não ruísse.
A operação de resgate ficou concluída por volta das 20h. No entanto, a intervenção das autoridades “vai para além” do dia de hoje, garantiu o comandante do Regimento de Sapadores de Lisboa: sempre que há um desabamento, “a segurança desaparece”.
Neste momento, está a decorrer a “operação de verificação das condições de segurança”, para garantir que não há perigo “para as pessoas que vivem ao redor do prédio” e “para as que circulam junto ao mesmo”, acrescentou Pedro Patrício. Nesta fase estiveram presentes, além dos elementos da Câmara Municipal de Lisboa, os responsáveis da obra.
As autoridades acreditam que a Rua Merca-Tudo é a que menos representa perigo, mas a via da Avenida D. Carlos I “vai ser necessária para os trabalhos de recuperação e estabilidade [do edifício], pelo que será necessário estar encerrada durante algum tempo”.