O ministro da Administração Interna afirmou esta terça-feira que Portugal está disponível para acolher 30 dos 244 migrantes que se encontram no navio humanitários “Aquarius” e noutras pequenas embarcações, avança a Agência Lusa.
Eduardo Cabrita explicou que “Portugal, Espanha e França articularam-se e, tal como tinham feito em casos anteriores, mostraram uma disponibilidade comum para acolhimento e Malta autorizou a atracagem do navio. Haverá uma operação semelhante à que foi feita há um mês com o Lifeline”.
Os três países já comunicaram à Comissão Europeia a intenção de receber os migrantes e há outros países que estão a ponderar juntar-se.
Para acelerar o processo de acolhimento, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vai a Malta para fazer uma avaliação dos migrantes. Eduardo Cabrita prevê que o acolhimento aconteça já “nas próximas semanas”.
No entanto, o governo português defende que a solução deveria ser integrada ao nível europeu. “Entendemos que deve haver uma posição estável de nível europeu envolvendo todos. Não podemos andar aqui de solução ‘ad hoc’ em solução ‘ad hoc’ sempre que um navio está à deriva no Mediterrâneo”, acrescentou o ministro.
A bordo do navio “Aquarius”, uma embarcação das ONG SOS Méditerranée e Médicos Sem Fronteiras, estão 141 migrantes dos quais 73 são menores de idade e 70% vêm da Somália e da Eritreia.