301 padres acusados de Pedofilia na Pensilvânia

Foram encontradas confissões guardadas nos arquivos secretos das dioceses

Mais de mil crianças terão sido abusadas por padres no estado norte-americano da Pensilvânia ao longo de 70 anos. Esta quarta-feira foram divulgadas as conclusões do relatório do Supremo Tribunal da Pensilvânia que acusa 301 padres de pedofilia.

No relatório está também expresso que vários bispos ajudaram a encobrir os casos de abusos sexuais, avança o New York Times. As vítimas culpam a igreja: “A punição financeira é a única que a Igreja conhece. Eles não se importam com as crianças, eles importam-se com o dinheiro. Quando eles apanham um padre a roubar a sua dioceses, chamam os jornalistas. ‘Acabamos de prender o padre Fulano e Tal, ele roubou 300 mil dólares, estamos a processá-lo em toda a extensão da lei’”, afirma Shaun Dougherty, umas das vítimas.

Esta investigação foi orientada por Josh Shapiro, procurador-geral do estado, e teve como base os documentos que foram guardados nos arquivos secretos das dioceses. Nesses documentos foram encontradas confissões dos atacantes.

"O grande júri descobriu evidências confiáveis de abuso sexual contra 301 padres predadores. Por mais chocante que seja este número, o relatório do grande júri observa que os jurados não nomearam automaticamente todos os sacerdotes mencionados nos documentos e nos arquivos secretos. Eles receberam ficheiros de mais de 400 padres", afirma Shapiro.

Há muitas acusações cujos relatos não poderão conduzir em acusações penais por já ter passado muito tempo. No entanto dois padres podem ser acusados formalmente por terem abusado de duas crianças durante vários anos até 2010.