Até ao mês de junho eram 223.118 as pessoas que beneficiavam do Rendimento Social de Inserção, mais 13.551 do que no mesmo mês do ano passado. No entanto este valor representa uma diminuição face a maio, com menos 352 individuos, mês em que o número foi maior com 223.500 pessoas a receber este subsídio.
Segundo os dados divulgados pela segurança social, a maior parte dos beneficiários têm menos de 18 anos, 32,1%, enquanto 27,1% têm 50 anos ou mais. 14,6% está entre os 18 e os 29 anos, 11,3% entre os 30 e os 39 e os restantes entre os 40 e os 49 anos.
O subsídio contra a exclusão social e o risco extremo de pobreza está nos 114,85 euros, valor que representa um aumento de 0,4% em relação ao mês passado e 2,8% face ao período homólogo.
18 distritos encontram-se com uma valor de subsídio acima da média sendo que Viana do Castelo, com 125,90€ e Faro com um RSI de 122,23€ são os que apresentam valores mais elevados. Já no sentido contrário, as regiões autónomas dos Açores e Madeira apresentam o valor mais baixo no que diz respeito ao apoio à exclusão social e ao combate ao risco extremo de pobreza, 85,26€ e 108,20€ respectivamente.
A cidade do Porto regista o maior número de beneficiários, 64.673 pessoas. Um aumento de 3.649 em relação a junho de 2017. Já Lisboa segue em segundo lugar, com 40.382 pessoas a beneficiarem do Rendimento Social de Inserção, mais 4259 que no mesmo mês do ano passado.
Viana do Castelo é a cidade com um menor número de beneficiários, apenas 2.193, menos 48 euros que o ano passado.
No total foram 102.128 as famílias a beneficiarem deste rendimento, valor semelhante ao ano passado e com uma média familiar em termos monetários de 258,09 euros.
A cidade do Porto volta a assumir o primeiro lugar com o maior número de famílias a beneficiar deste rendimento, 30.695, um valor bem acima de qualquer outro distrito, tanto é que Lisboa está em segundo lugar com 18.394 famílias.
O mesmo não acontece quando falamos do valor médio do rendimento por família, uma vez que as bracarenses recebem um total de 324,80 euros, seguidos das que vivem em Portalegre com 300,95 euros e das Açorianas com 280,50€.
O distrito com um rendimento mais baixo por família é Viana do Castelo com 221,06 euros.
Este aumento pode ser explicado devido à alteração à lei do RSI, que entrou em vigor a 27 de Setembro de 2017, e que teve como principal objetivo reforçar a capacidade integradora do rendimento, protegendo os grupos mais vulneráveis e frágeis.
Entre as alterações está a obrigatoriedade legal no país, fazendo com que os estrangeiros também possam ter acesso a este apoio social e a avaliação rigorosa para a renovação anual da prestação.
O Rendimento Social de Inserção é atribuído por um período de 12 meses, renováveis, sendo que o beneficiário é obrigado a comunicar num espaço de 10 dias úteis à entidade gestora competente alterações que ponham em causa a mudança, suspensão ou término do rendimento bem como a alteração da residência.