Nas Filipinas, um homem que tinha sido diagnosticado com cancro foi confundido pelas autoridades, devido ao seu estado debilitado, com um toxicodependente. Isto levou a que a polícia procedesse à sua detenção, que, por sua vez, levou à tortura do doente na cadeia. O homem morreu quatro dias após o sucedido.
De acordo com o New York Times, Allan Rafael tinha voltado ao seu país, após ter sido diagnosticado com cancro. Antes, trabalhava como cozinheiro na Arábia Saudita. Allan estava a receber tratamento e, de acordo com a namorada, "ele estava a ficar mais forte, a curar-se. Depois da quimioterapia, já planeava ficar bem e poder voltar ao trabalho".
Allan terá tentado explicar à polícia o seu estado de saúde, mas isto não impediu as autoridades de o prenderem e torturarem, alegando que este estava a mentir, recordou o irmão.
Mais tarde, as autoridades aperceberam-se que Allan estava de facto doente e enviaram-no para o hospital, mas o homem não resistiu aos ferimentos. A polícia tentou encobrir a causa de morte do filipino e embalsamaram o corpo sem a autorização da família.
"Ele estava a vencer o cancro, mas acabou por morrer na cadeia", acrescentou a namorada.
Recorde-se que a posição do presidente filipino Rodrigo Duterte relativamente às drogas já levou à morte de mais de 12 mil pessoas. Muitas delas passam despercebidas, mas, no caso de Rafael, a comunidade uniu-se e exige explicações, como noticia o New York Times.