As causas da queda de um avião em Tires, Cascais – que aconteceu em abril de 2017 e provocou cinco vítimas mortais –, foram conhecidas esta segunda-feira. De acordo com a investigação, a queda deveu-se à “falha do piloto em manter o controlo da aeronave após a perda de potência no motor esquerdo”.
A investigação, feita pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), concluiu também que “a falta de formação adequada do piloto” perante uma situação real de falha de motor contribuiu para a queda.
Segundo o relatório do GPIAAF, a que a Lusa teve acesso, as causas da falha do motor esquerdo “não puderam ser determinadas devido a danos do impacto e ao fogo intenso”.
Já o relatório toxicológico do piloto revelou a presença de álcool no sangue. No entanto, a entidade ressalva que “o número de variáveis desconhecidas na produção” do álcool depois da morte “torna difícil estabelecer inequivocamente uma relação com o valor da concentração de álcool no momento da morte”.
O documento frisou ainda que “vários autores com estudos detalhados em investigação toxicológica forense são unânimes em afirmar que o teor de álcool quantificado no exame toxicológico do cadáver, através da análise ao sangue, não representa uma certeza quanto ao valor toxicológico real, podendo haver resultados positivos quando não houve álcool ingerido”.
Recorde-se que em abril do ano passado, o avião – com destino a França – caiu em Tires, tendo provocado cinco vítimas mortais, uma delas era o piloto, e quatro feridos ligeiros por inalação de fumo.