Donald Trump volta a estar no meio de uma polémica. A propósito das eleições intercalares que se realizam em novembro, o presidente norte-americano pediu aos líderes evangélicos que apoiassem o Partido Republicano para evitar “violência”.
Para Trump, as eleições para o Congresso e Senado vão ser um “referendo” quer à sua presidência, à “religião” e à “liberdade de expressão” e, por isso, caso os republicanos tenham um resultado negativo será o “início do fim” do que foi conseguido até agora. Este apelo foi feito pelo presidente durante um encontro com líderes evangélicos na Casa Branca, tendo o seu discurso sido gravado e entregue à impressa.
“Não é uma questão de gostar ou não gostar, a questão é que eles [os democratas] vão derrubar tudo aquilo que conseguimos fazer, e vão fazê-lo rápida e violentamente. E violentamente. Há violência”, afirmou o presidente norte-americano. As “pessoas violentas” de quem Trump se refere são os Antifa, um conjunto de grupos que tem contestado as políticas de Trump e que tem organizado variadas contra-manifestações nos eventos organizados pela extrema-direita.
Donald Trump apelou a que os pastores evangélicos utilizem a influência que detêm sobre os fiéis para votarem no Partido Republicano. “Vocês têm um poder tremendo. Estavam a dizer que têm gente que dá missas a quase 200 milhões de pessoas [a população total dos EUA é de 320 milhões, mas apenas um quarto se identifica como evangélica protestante], dependendo de que domingo estivermos a falar”, afirmou o presidente norte-americano.
A comunidade evangélica norte-americana foi um dos principais bastiões de apoio a Trump na corrida à Casa Branca em 2016 e Trump pretende garantir o seu apoio para as eleições de novembro. A votos vão 435 lugares da Câmara dos Representantes e 35 lugares do Senado, num total de 100. Os republicanos podem vir a perder a maioria que têm em ambas as câmaras, o que poderá ter um impacto profundo no resto do mandato de Donald Trump.