O político holândes de extrema-direita Geert Wilders decidiu cancelar o concurso de cartoons sobre Maomé por ter recebido ameaças de morte e protestos com milhares terem ocorrido na capital do Paquistão, Islamabad. "Para evitar o risco de haver vítimas de violência islâmica, decidi não deixar que o concurso de cartoons avançasse", afirmou ontem , em comunicado, Wilders.
A organização do concurso despoletou protestos com milhares de pessoas no Paquistão a exigir que o governo paquistanês cortasse relações diplomáticas com a Holanda. Os protestos foram organizados pelo partido islamita Tehreek-e-Insaf para punir o que considera serem "blasfémias".
Na segunda-feira, o senado paquistanês aprovou por unanimidade uma moção a condenar o concurso. O governo holandês, liderado por Mark Rutte, mostrou-se contra a realização do concurso mas defendeu que este deveria acontecer por se incluir no direito à liberdade de expressão. "O seu objetivo não é ter um debate sobre o Islão", afirmou Rutte. "O seu objetivo é provocar".
O Islão proíbe expressamente que o Profeta Maomé seja retratado fisicamente, representando uma profunda ofensa a todos os muçulmanos.