O Ministério do Ambiente está analisar o impacto da medida avançada este fim de semana por Fernando Medina para a redução dos preços dos passes sociais. Matos Fernandos alerta que, se a proposta for incluída no Orçamento do Estado, irá abranger todo o país e deverá ser suportado por cada município a perda de receita das deslocações.
O presidente da Câmara de Lisboa anunciou, numa entrevista ao Expresso, que pretende reduzir os preços dos passes tanto na área metropolitana de Lisboa como na do Porto, não ultrapassando os 40 euros mensais. Esta medida teria um impacto de cerca de 60 milhões de euros, só na área metropolitana de Lisboa.
Matos Fernandes garantiu, ao Público, que o governo está a acompanhar “o trabalho conjunto das duas áreas metropolitanas”, mas deixa claro que esse tipo de medidas, “a ser aplicada, tem que ser para o país todo”. “O país não vai ficar atrasado, isso posso garantir”, disse o ministro.
O ministro confirma que a proposta “está em estudo”, mas não garante que será inscrita no Orçamento do Estado para 2019. “Dentro do país todo, as duas áreas metropolitanas têm uma maior percentagem de deslocações feitas através de transporte coletivo e portanto absorverão a maior parte do dinheiro que venha a ser aprovado”, explica.
Se em Lisboa o investimento será de 60 milhões de euros – valor confirmado pelo ministro do Ambiente –, no Porto o esforço do governo deverá rondar os 15 e os 20 milhões de euros. Para o resto do país, os valores previstos não ultrapassam os 10 milhões.